quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Vamos para o céu...

Justiça: Antigo administrador apropriou-se de mais de 344 mil euros



Braço-direito do STJ acusado de peculato

Durante mais de três anos, Ricardo Cunha, antigo administrador do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), agora acusado pelo Ministério Público de dois crimes de peculato e 27 de falsificação de documento, usou da confiança que tinha dentro do STJ para se apropriar de mais de 344 mil euros.
O montante foi adquirido pelo advogado através de várias compras pessoais pagas quer pelo Supremo Tribunal de Justiça, quer pelo Gabinete do Ministro da República nos Açores, o conselheiro José António Mesquita.

Entre os objectos adquiridos por Ricardo Cunha, que chegou a ser considerado o braço-direito do presidente do STJ, constam obras de arte, esculturas, pinturas e faqueiros de prata. A maioria das aquisições foram aprovadas pelos membros do conselho administrativo, que devido à confiança que depositavam no arguido, não verificaram que os recibos das despesas nada tinham a ver com os artigos adquiridos.

Ricardo Cunha licenciou-se em 1999, em Braga. Dois anos depois e através de familiares, o advogado travou conhecimento com Aragão Seia, presidente do STJ até 2006, que o convidou a exercer funções de assessoria jurídica no gabinete da presidência. Em 2002 o advogado é nomeado administrador. Dois anos depois foi promovido a chefe de gabinete do Supremo Tribunal de Justiça, momento a partir do qual, segundo a acusação do MP, "começou a usar as suas funções para adquirir vários objectos à custa do orçamento do STJ".

Após a morte de Aragão Seia, Nunes da Cruz ocupa o lugar de presidente. Nesse mesmo ano, o conselheiro teceu um rasgado elogio a Ricardo Cunha, no Diário da República. "Louvo o conselheiro Ricardo pela sua competência (...). Adoptou sempre os melhores procedimentos, com lealdade, transparência e sentido de responsabilidade."

Para além de Ricardo Cunha, Teresa Alexandre, ex-directora do STJ, foi acusada de ser cúmplice do advogado na elaboração das propostas de autorização de pagamento

Até já

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